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Produção industrial: menor taxa juro impulsionará em 2024.

A indústria de transformação brasileira vem sendo impactada principalmente por três questões: elevada carga tributária, demanda interna insuficiente e taxas de juros elevadas.


As consequências desses problemas são perda de competitividade, queda na busca por de bens industriais e maior dificuldade em conseguir crédito e em arcar com os custos dos empréstimos já contratados.


Especificamente em relação às taxas de juros elevadas, esse item alcançou o maior percentual de citações da série histórica no segundo trimestre de 2023, nos levantamentos periódicos da CNI.


Esse resultado mostra que a manutenção dos juros em patamar elevado por mais de dois anos, impactou as indústrias, uma vez que decisões de novos investimentos e compra de maquinário, por exemplo, são ações que envolvem a tomada de crédito e o consequente pagamento de juros.


O que diz o IBGE


Em julho de 2023, a produção industrial nacional recuou 0,6% frente a junho, na série com ajuste sazonal. Em relação a julho de 2022, a queda foi de 1,1%. No ano, a indústria acumula taxa negativa (-0,4%) frente a igual período de 2022, e variação nula (0,0%) no acumulado dos últimos 12 meses.



Três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5,0%).


Outras contribuições negativas relevantes vieram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,0%), de produtos de metal (-4,8%) e de produtos de borracha e de material plástico (-3,8%).


Por outro lado, entre as nove atividades com alta na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%) exerceram os principais impactos em julho de 2023.


Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês anterior, bens de capital (-7,4%) e bens de consumo duráveis (-4,1%) assinalaram as taxas negativas mais acentuadas em julho de 2023, com ambas acumulando perda de 9,5% em dois meses consecutivos de queda na produção.


O setor de bens intermediários (-0,6%) também recuou em julho e marcou o segundo mês seguido de queda na produção, período em que acumulou redução de 0,8%.

Por outro lado, o único avanço no mês veio de bens de consumo semi e não duráveis (1,5%), que intensificou a expansão de 0,7% verificada em junho último.


Bens de capital apresenta a maior queda frente a julho de 2022


Comparado com julho de 2022, bens de capital (-16,9%) assinalou a redução mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-3,5%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) também mostraram taxas negativas.

O setor produtor de bens intermediários, ao assinalar variação nula (0,0%) em julho de 2023, repetiu o patamar registrado em igual mês de 2022.


Expectativas


O setor deve fechar o ano com uma variação em relação a 2022 entre 0% e 0,4%. Para 2024 espera-se uma retomada gradual da atividade industrial com um crescimento estimado entre 1% e 1,5%, estimulado pela queda dos juros e o retorno dos investimentos a partir do primeiro trimestre do ano.

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