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IPCA cai em agosto. Haverá queda maior na SELIC?

O IPCA foi de 0,23% em agosto, 0,11 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,12% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% e, nos últimos 12 meses, de 4,61%. Em agosto de 2022, a variação havia sido de -0,36%. Os números vieram abaixo da mediana de expectativas do mercado (0,28%).



Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de agosto. O maior impacto positivo (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação. Destacam-se, ainda, as altas de Saúde e cuidados pessoais (0,58% e 0,08 p.p.) e Transportes (0,34% e 0,07 p.p.). No lado das quedas, o grupo Alimentação e Bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-0,85% e -0,18 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,09% de Comunicação e o 0,69% de Educação.


A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,85%) deve-se principalmente ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). A alimentação fora do domicílio (0,22%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,21%).

No grupo Habitação (1,11%), a maior contribuição (0,18 p.p.) veio da energia elétrica residencial (4,59%), influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas do mês anterior.


No grupo dos Transportes (0,34%), destacam-se as altas do automóvel novo (1,71%) e da gasolina (1,24%). Em relação aos demais combustíveis (0,87%), o óleo diesel subiu 8,54%, enquanto o etanol (-4,26%) e o gás veicular (-0,72%) caíram. Após a alta de 4,97% em julho, as passagens aéreas (-11,69%) registraram queda em agosto.


Na abertura dos componentes do índice observa-se uma tendencia baixista mais consolidada em relação aos meses anteriores. Isto pode indicar que na próxima reunião do Copom, no pior das hipóteses, a taxa Selic seria reduzida no ritmo de 0,5 ponto. Mas há espaço para redução maior. No mercado já é cogitada a hipótese de queda de 0,75 pontos, expectativa essa que já reflete nas taxas futuras de juros.




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