O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE) publicou no final de agosto o resultado da mais recente pesquisa dos Índices de Confiaça em 6 categorias. O quadro ao lado mostra um resumo dos índices.
Índice de Confiança do Consumidor - FGV -
Em agosto, o índice registrou alta de 2,0 pontos, chegando a 96,8, o maior valor registrado desde fevereiro de 2014.
A melhora da percepção dos consumidores sobre a situação atual foi o principal fator que contribuiu para o resultado de agosto (+4,6 para 81,4), enquanto as expectativas em relação aos próximos meses somente oscilaram positivamente (+0,2 para 107,6).
Houve aumento disseminado da confiança entre as faixas de renda, estando todas acima dos 90 pontos pela primeira vez desde fevereiro de 2019.
Confiança de Serviços - FGV
O Índice de Confiança de Serviços da FGV recuou 0,6 ponto em agosto, para 97,4 pontos, após cinco meses seguidos de alta.
O resultado desse mês pode ser enxergado como uma acomodação, influenciado por piora da satisfação dos empresários sobre o momento atual que está relacionado diretamente a uma redução da demanda, sugerindo uma desaceleração da tendência de crescimento que o setor vinha apresentando desde março.
Por mais que o ambiente macroeconômico tenha dado sinais mais favoráveis recentemente, o ano de 2023 ainda deve ser desafiador, e era esperado que a recuperação do setor perdesse um pouco da sua força, apesar de sua resiliência.
A manutenção desse cenário depende da continuidade de notícias positivas no campo econômico.
Confiança do Comércio - FGV
O Índice de Confiança do Comércio da FGV subiu 2,2 pontos em agosto para 93,8 pontos, recuperando parte da queda de 2,6 pontos em julho.
A alta da confiança do comércio em agosto foi motivada por uma melhora das perspectivas dos empresários em relação aos próximos meses.
O resultado sugere cautela observando demanda ainda fraca no momento, mas o ambiente macroeconômico de desaceleração da inflação, perspectivas de redução na taxa de juros e as medidas para redução do endividamento devem contribuir para melhorar a atividade do setor nos próximos meses.
Mas é importante frisar que a sustentabilidade de recuperação do mercado de trabalho é essencial para que essas perspectivas se efetivem numa melhora do ambiente nos próximos meses.
Confiança da Construção - FGV
O Índice de Confiança da Construção do FGV subiu 0,7 ponto em agosto, para 95,9 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (100,9 pontos).
Em agosto, a alta do ICST não ocorreu em todos os segmentos. Na infraestrutura, a confiança recuou.
Por outro lado, vale o destaque para a melhora da confiança do segmento de Preparação de Terrenos, alavancada pela forte recuperação da carteira de contratos.
O Indicador que mede a evolução recente da atividade das empresas desse segmento superou os 100 pontos passando para zona favorável e atingiu o melhor resultado desde dezembro passado.
A preparação de terrenos é uma etapa antecedente do ciclo de produção, assim, esse é um indicador importante do início de novas obras