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Carta Semanal da Maxpre - 05/09/23

Atualizado: 13 de set. de 2023

O PIB cresceu 0,9%, mas revela fragilidades


O PIB cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, ante o trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, o PIB cresceu 3,2%, ante os quatro trimestres imediatamente anteriores. No semestre, a alta acumulada é de 3,7%.


O crescimento foi puxado pela indústria e pelo consumo das famílias. Por outro lado, o agronegócio segurou a taxa, pois teve índice negativo, compensado pela forte alta observada pelo setor no primeiro trimestre. Comparado com período de 12 meses, todavia, a agropecuária cresceu 17%.


No detalhe, entretanto, nota-se que o crescimento da indústria, por sua vez, foi puxado pelo setor de óleo e gás o qual cresceu 8,8% em 12 meses, enquanto o conjunto de todo o segmento cresceu apenas 1,5% no mesmo período e o setor de indústrias de transformação encolheu 1,7% na comparação com o segundo trimestre de 2022.


Este resultado da indústria está alinhado com a pesquisa da FGV que mostra um quadro de insatisfação do setor industrial. Tal humor é fruto do longo período de taxas altas de juros, acumulo de estoques e baixo volume de vendas.


Não obstante o crescimento verificado, por trás do número do PIB anunciado revelam-se pontos frágeis. As fragilidades dizem respeito à taxa de investimento, à taxa de poupança e à formação bruta de capital fixo. A primeira foi de 17,2% do valor do PIB, caindo abaixo da observada no mesmo período de 2022 que foi de 18,3%. A taxa de poupança passou de 18,4% no segundo trimestre de 2022 para 16,9% em 2023. Quanto a formação bruta de capital fixo cresceu apenas 1,7% em 12 meses. Todos esses itens estão correlacionados com a taxa de juros.


Assim sendo, a expectativa de o Copom prosseguir com a sequência de redução da taxa básica de juros, apoiado pelos fatores determinantes dessa política, como a inflação baixa e o equilíbrio fiscal, é de se esperar o retorno aos investimentos por parte das indústrias, bem como a maior demanda por crédito pelas empresas em geral nos próximos meses.


Em outras palavras, as fragilidades reveladas podem ser superadas com a oferta de crédito a taxas mais baixas que as atuais.


 

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